Ameaças digitais que cresceram em meio a pandemia

Devido a esse isolamento social e a utilização em massa dos dispositivos eletrônicos, como smartphones, computadores, tablets, smartTVs, se pode observar o crescimento das ameaças digitais e os números de ataques cibernéticos dispararam. 

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A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) trouxe a todo o mundo uma urgência para se reinventar e buscar novas formas de trabalho e como interagir com suas pessoas importantes. Para isso, a dependência de equipamentos eletrônicos cresceu muito nesse ano de pandemia.

Dependemos desses dispositivos eletrônicos para nos comunicar, trabalhar, falar com amigos, parentes e o próprio entretenimento. Toda essa dependência não é uma exclusividade dos adultos, mas também das crianças que tiveram que buscar novos meios para se distrair, já que precisam ficar em casa por um bom tempo.

A Kaspersky, uma empresa mundialmente conhecida de segurança cibernética, lançou em seu Kaspersky Security Bulletin 2020 que, no mínimo 10,18% dos computadores que estão conectados na internet sofreram algum tipo de ataque cibernético. Além disso, se observou mais de 666,8 bilhões de ofensivas durante o ano, com a distribuição de mais de 360 mil malwares sendo distribuídos por dia.

Essa grande diversidade de malwares podem ser disseminados de diversas formas e cada uma será um tipo dos diversos tipos de ameaças digitais. Vamos nessa publicação conhecer as ameaças digitais que mais ocorreram na pandemia.

Principais ameaças digitais que cresceram durante a pandemia

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Um mundo conectado a internet exige uma maior segurança digital, para proteger seus dados, isto é uma preocupação que deve se estender desde os usuários que utilizam a internet para entretenimento e conversar com seus entes queridos até quem a utiliza para trabalhar e grandes empresas que tratam com dados confidenciais o tempo todo.

Os cibercriminosos sabem que o uso dos dispositivos aumentou e muitos usuários não tomam os cuidados necessários, portanto se aproveitaram do momento para aumentar seus ataques, evoluindo seus modos de trabalho, o que gerou um grande aumento das ameaças digitais do início de 2020 para este ano.

Vamos agora conhecer mais essas principais ameaças digitais e como elas operam.

Ataques a IoT e dispositivos/ rastreamento médicos

Os avanços tecnológicos fizeram surgir diversos dispositivos que facilitam a vida das pessoas e estão conectadas a internet, mesmo dispositivos que antes eram simples equipamentos de casa agora estão conectados a internet. 

A internet das coisas (IoT – Internet of Things), é um novo nicho do mercado tecnológico, que pode ser atacado por golpistas, já que a defesa desses novos dispositivos ainda está sendo implementada.

Junto a isso, o setor médico também tem utilizado diversos aparelhos e aplicativos inteligentes. Assim, há uma grande quantidade de registros de pacientes, remédios e instituições trafegando pela web e pelas nuvens. Sendo possível serem alvos das ameaças digitais que circulam na rede.

Criptojacking

A utilização de criptomoedas tem registrado um aumento, se tornando uma ferramenta mais equilibrada nos últimos anos. No entanto, é importante lembrar que a alta nas transações tem participação de criminosos que utilizam da criptografia da moeda para dificultar o rastreamento de suas transações em casos de investigações.

E consequente a esse aumento nas movimentações de dinheiro digital, também surgiram ameaças digitais que são chamadas de “Criptojacking”. Esse ataque se dá pelo “sequestro” de carteiras digitais ou computadores para mineração de criptomoedas.

Os criminosos utilizam estratégias de phishing para instalar seu malware e com isso dominar os dispositivos das vítimas e assim terem total controle, desde limpar os créditos até utilizar a máquina para trabalhar para eles.

Ataques ciberfísicos

Estamos, cada vez mais, integrando a tecnologia na infraestrutura primordial de várias plataformas físicas, tornando-as mais modernas e eficientes. Com isso, podemos notar que houve o crescimento no número de ataques em redes elétricas e de transporte, instalações de tratamento de água, hospitais, entre outros.

Mesmo com essa observação, essas continuam sendo uma das áreas com maior vulnerabilidade atualmente, onde muitos dos sistemas não estão preparados para se proteger de invasões.

Por todo o mundo podemos observar ameaças digitais e ataques de ransomwares que atingem essas redes. As redes hospitalares da América do Norte e da Europa sofreram o ataque que deixou mais de 400 unidades do Universal Health Services dos Estados Unidos, Reino Unido e Porto Rico fora do ar.

Malwares bancários

Com a alta no comércio eletrônico e das alternativas de pagamento sem contato físico, houve o aumento das transações digitais ao longo do curso da pandemia do novo coronavírus. 

Com o aumento do uso desses métodos de pagamento, também cresceram a quantidade de ameaças digitais e ataques com malwares projetados para roubar dinheiro por meio do acesso a contas bancárias online.

Dois malwares que surgiram junto com a pandemia, em março de 2020, são o Dridex e o ZeuS, ambos projetados para ataques a Internet Banking. O Dridex é um trojan que utiliza links e anexos maliciosos para sua infecção, enquanto o ZeuS também é um trojan, mas utiliza o registro de pressão de teclas para roubar credenciais.

Phishing evoluído

Criminosos especializados em phishing, (utilizam técnicas como e-mails de promoções e serviços de stream de graça para “pescar” as vítimas), têm sofisticado seus métodos, tornando os golpes mais atraentes. 

Hoje os usuários estão mais atentos aos e-mails que abrem e anexos que baixam em seus dispositivos, havendo diversas soluções de segurança oferecendo uma varredura ampla, e com uma maior divulgação das ameaças. 

Portanto, os criminosos tiveram que refinar seus ataques, tornando sua ameaça digital muito mais sutil. E é isso que tem acontecido, principalmente em eventos e datas festivas. Com uma Fake News (notícias falsas) bem elaborada, o criminoso poderá invadir sua máquina e roubar credenciais, dados bancários, números do cartão e outros dados financeiros.

Ransomware evoluído

Ainda segundo a Kaspersky, foram combatidos ataques de ramsomwares em mais de 549.301 usuários de seus produtos de segurança em 2020. Houve então um aumento de 350% desse tipo de ameaça digital em todo o mundo no primeiro trimestre, sendo o Brasil um dos países mais afetados do mundo.

Sendo uma das ameaças digitais de baixo custo para a sua confecção, distribuição e evolução, os Ransomware tem se mantido em alta. Onde a cada mês, os criminosos pensam em novas maneiras de tentar sequestrar os dados de indivíduos e organizações para pedir algum valor em troca.

Sendo um método distribuído por phishing como um software legítimo e, ao infectar a rede, poderá desinstalar as ferramentas de segurança e criptografia do dispositivo.

Espero que esse conteúdo tenha sido útil para a sua empresa. Em caso de mais dúvidas você pode falar com um de nossos especialistas, que estaremos mais que dispostos a te ajudar!